quarta-feira, 9 de março de 2016

Vai ser feliz, meu filho!


   No meu ciclo social, é comum ouvir reclamações sobre milionários que sem estudar ganham mais por ano do que ganharemos em toda nossa vida, normalmente, faz-se essa referência a artistas ou jogadores de futebol. 
   Eu sei que esse é um assunto bem discutível, e talvez nem eu tenha uma posição absoluta, mas eu não acho que seja tão absurdo assim uma pessoa "sem estudo" ganhar rios de dinheiro com atividades artísticas ou desportivas. No contexto em discussão, as pessoas que reclamam normalmente o fazem pelo fato de estudarem por anos e achar injusto que alguém que não tenha que estudar tanto seja tão melhor remunerado.
   Mas aí é que eu me lembro: a gente não escuta desde sempre que precisamos fazer aquilo que gostamos? Ué, aqueles que ganham milhões foram lá e se dedicaram ao que queriam fazer. Tiveram coragem, quando decidiram seguir esse caminho, pois não sabiam o que poderia acontecer. Claro, agora que deu certo, é bem fácil falar que a pessoa é uma sortuda; mas e se ela não tivesse dado certo, falariam que ela teve azar, ou falariam bem feito porque resolveu fazer alguma coisa que gostava invés de pensar no próprio sustento?
   Acho na verdade que essas reclamações chegam a configurar certo "recalque". Parece-me que a pessoa que questiona isso não está muito certa de suas escolhas, quem sabe está seguindo o caminho dos estudos apenas pelo caráter instrumental, sem realmente querer isso pra si. Quem sabe não seria melhor um ato de coragem e ir fazer o que realmente faz sentido? Ninguém te prende na vida que você está levando. Vai ser feliz, meu filho!

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