sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Eu "TENHO QUE" quase nada...

    



    Nós nos cobramos demais! Falo por mim, vamos lá: tenho que ser inteligente pra demonstrar pros outros que tenho conteúdo; tenho que controlar meu riso pra ninguém achar que eu ainda sou infantil; tenho que levar a musculação a sério pra ficar com o corpo bonito e poder ir pra praia sem me sentir envergonhada; tenho que controlar a alimentação pra ver se colaboro com o "favor" que a musculação me faz; tenho que estudar pra passar em outro concurso porque não posso estagnar como servidora pública; tenho que ser uma ótima servidora porque tenho que provar que servidor público não é tudo preguiçoso; tenho que parecer super santificada porque se não o pessoal da igreja pode me julgar; tenho que ser boa no jiu jitsu, afinal meu irmão é bom e todo mundo espera isso de mim; tenho que arranjar um namorado pra um dia poder casar e ter filhos, se não vou ficar pra titia; tenho que... Tá, os exemplos dados já são suficientes.
    Ninguém merece viver com todas essas imposições, toda essa pressão! Acho importante que busquemos melhorar a todo tempo - e eu busco - mas isso não pode tornar nossa vida um fardo. Muito possivelmente eu não vá deixar de perseguir nenhum dos objetivos listados ali em cima, e ainda existem outros, mas se não deu pra treinar como deveria? Relaxa, que semana que vem tem mais e a gente tenta ajustar! E se mesmo tendo me esforçado, não deu pra dar conta do conteúdo do edital antes da prova? Vou lá e vou fazer o meu melhor, se não der, a gente continua na batalha! E se eu to morrendo de vontade de me atacar naquela barra de shot branco, que já faz 1 mês que não como? Eu vou e vou ser feliz!
    Não gente, não to incentivando ninguém a ser relapso e desistir dos objetivos; só estou querendo ajudar meus amigos e amigas a não sofrerem tanto quanto eu sofro e já sofri por expectativas que muitas vezes são impostas a nós e que a gente acha que deve cumprir. Não é justo viver um fardo desse tipo. Por um período é necessário, mas também não é necessário sair por aí se chicoteando. Se ta muito difícil, melhor relaxar um pouco, logo melhora. 
    Se fosse falar em 10 pensamentos para se atingir a verdadeira felicidade - esse tipo de título vende muito bem - com certeza um deles seria: "Você 'TEM QUE' bem pouca coisa, cuidado pra não tornar dura demais uma vida que pode ser leve". Ainda na mesma linha, não tenho dúvida que o item número 1 seria: "Gratidão: agradeça sempre por tudo que você já pode conquistar, pelas pessoas que te rodeiam, pelas experiências que lhe foram proporcionadas nessa vida (...) Tire o foco daquilo que está faltando. Simplesmente: seja grato!"

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Bipolar? Eu?

Preservo todas as postagens nesse blog por uma questão de apego.
Eu estava dando uma olhada geral nelas e percebi que que se alguém resolver ler desde o início, sem atentar para a diferença de datas, vai pensar que sou bipolar. Bipolar? Eu? Bom, talvez, mas não por isso. O que aconteceu nesse blog é que faz 8 anos - não completos - que o tenho (2008 a 2016), e nos últimos dois, nem passei por aqui. (E vai perceber que tá cheio de erros de português também)
E antes disso, também havia ficado um  período sem aparecer.
Esse blog não possui leitores. Trata-se apenas de uma forma de eu ter onde escrever quando tenho algo a dizer ou quando existe algum sentimento no meu peito que grita veementemente buscando ser externalizado.
Bom, estou justificando isso, porque senti a necessidade de escrever um novo post com o título: "Prazer, Carolina Sparvoli Gaubert"; todavia, não vou excluir o antigo.
Na verdade, retifico a informação da primeira frase: não mantenho as postagens aqui por questão de apego; conservo por fazerem parte de mim, da minha história, da composição do meu "eu", do que me tornei hoje.



Percebi

         Percebi que amar é diferente daquilo que sempre idealizei.
         Percebi que o amor simplesmente acontece. Que não importa se você tem uma lista com 10 requisitos para um(a) namorado(a), que não importa o que você espera de uma outra pessoa, ela não tem nenhuma obrigação em cumprir com as suas expectativas. Você ama a pessoa pelo que ela é: seja com qualidades, seja com defeitos, você simplesmente ama. Você ama o todo, você ama ela, não ama requisitos que ela cumpriu.
         Infelizmente, aquela crença de "príncipe encantado"- de que você vai encontrar a pessoa perfeita, seu príncipe, que ele vai fazer tudo por você e você tudo por ele, que vocês vão sentir como se tudo ao redor de vocês não existisse - não é verdade. 
         Na verdade, nem sei se é infelizmente, porque você também não é perfeito, nem nunca será, e  ainda, dificilmente cumprirá com uma lista completa de requisitos. Assim como eu também não.
         O que percebi, ainda que tarde, após ter imposto inúmeras condições em alguns relacionamentos, que não há motivos para amar, há apenas amor. Por mais que eu realmente acreditasse que se algumas coisas não mudassem eu não conseguiria ser feliz, essa não era a verdade. Hoje aprendi que o tamanho do sentimento importa muito mais do que a quantidade de requisitos cumpridos e que, se um dia, eu encontrar alguém que eu ame, não vai ter o que mudar, porque as coisas que não gosto também compõem aquela pessoa pela qual me apaixonarei.