terça-feira, 19 de junho de 2012

Comodismo fantasiado de Revolta

"No Brasil, empresa privada é aquela que é controlada pelo governo, e empresa pública é aquela que ninguém controla." disse Roberto Campos - economista, diplomata e político brasileiro. E é nessa hora que "todos" concordam. Foi com essa frase que começou a reportagem de capa da revista Exame dessa semana, que fala sobre a recessão brasileira. Provavelmente, começou dessa forma para comover o leitor, e envolvê-lo emocionalmente na leitura - o que deve ter funcionado em muitos casos.

Mas a grande questão a ser levantada é: quem é o dono da empresa pública? O povo. Logo se levantam pensamentos como: por isso que é um absurdo, porque o dinheiro é nosso, e estamos sendo roubados, esses bandidos não podem ficar impunes, é uma pouca vergonha....

Peço agora, que deixem a ''raiva" de lado e raciocinem comigo: quem deve cuidar da empresa então? Se empresa pública é aquela que ninguém controla, segundo Roberto Campos, é porque a gestão do seu "dono" - o povo - está sendo ineficaz.

Obviamente que o cenário político brasileiro não está nem perto de ser perfeito, porém alguns mecanismos de controle já estão disponíveis, relatórios são emitidos - apesar de a sua disponibilização ser precária - e a prática da governança corporativa está cada vez mais presente, até mesmo em empresas públicas.

A grande verdade que ninguém quer ouvir é que o próprio povo não sabe nem como correr atrás dos seus direitos, e que é muito mais cômodo ficar esperando que alguém faça algo por nós.

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